quinta-feira, 2 de julho de 2009

VASO VAZIO


Junte as partículas do si-mesmo,
Remontando-se ao avesso.
Ponha as flores para dentro e as sementes para fora,
Retorcendo a lógica da palavra salgada
Que pousa e flutua no doce vazio.

As palavras,
Tijolos e muros do si-mesmo
Absorvem parindo a possibilidade da alma,
Pulsando em retração.

O vaso está vazio,
Sem flores,
Pois as sementes estão mortas.

O tempo futuro se sufoca
No tempo passado.
Futuro desmontado pela nova possibilidade de remontar o passado...
Passado renovado pela nova possibilidade de revogar...

E assim,
Sob o caule da lógica faltante,
Há que se esgarçar nos galhos da vida,
Como macaco molhado,
Faminto e sedento..
À procura do nada.

2 comentários:

  1. Que a pulsação retrátil da alma encontre espaço e se expanda através daquela fenda rompida por acaso entre os tijolos do muro.
    Muito bom, parabéns.

    Um abraço nesse poeta.

    ResponderExcluir
  2. E assim,
    Sob o caule da lógica faltante,
    Há que se esgarçar nos galhos da vida,
    Como macaco molhado,
    Faminto e sedento..
    À procura do nada.


    Esta é a melhor parte.
    Achei Monstruoso.
    Parabéns

    ResponderExcluir