quarta-feira, 27 de maio de 2009

FLOR FLUTUANTE

Recordo três borboletas:
Uma azul, que morava na boca do ar de verão;
Uma pintada, que bailava serena na cor da imensidão.

A outra era crua.
Gritava sua luz na escuridão.
Não sabia voar.
Não sabia brincar e
nunca se analisou.
Morreu de manhã,
num jardim de ilusão...

...

...Na sombra de um dia, ressuscitou.
Uma feliz lagarta virou!
É uma linda lagarta:
Mansinha, morena, macia.

Ainda não sabe voar,
mas agora canta baixinho e
baila morosa;
Brinca dengando em sua fantasia cremosa.

Seu desejo,
que grita nu em seu peito,
exala sua verdade
que a ensina a chorar...

Suas lágrimas, bailarinas,
penetram na terra e
mágicas se fazem ao brotar:
Eis que surge uma Flor que flutua,
provando a Lua
e o sabor do sonhar!

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